segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Carta de um suicida

Boa noite meus amigos! Trago ao conhecimento de vocês, uma carta que me foi ditada sábado (10/11/12), peço de coração que leiam até o fim, e que coloquem este irmão em suas orações!

"Janeiro de 1920

Após trágicos acontecimentos dentro de meu núcleo familiar, acabei vendo-me sozinho e desolado, dentro de uma casa grande e fétida. Contaminada por anos de arrogância, ignorância, ódio, vingança, covardias e abusos de todos as tipos. Lá transitavam vários tipos de organismos umbralinos e seres decrépitos. Espíritos caídos nas trevas, endurecidos e cada vez mais fortalecidos pelas vibrações daqueles que habitaram a casa.
Os corredores e aposentos, infestados de espíritos trevosos clamando por vingança, escravos do passado exigindo justiça. Tudo aquilo tecendo e formando emaranhados de miasmas, atraindo outros que simples mente se afinizavam com as vibrações baixas que emanavam dali.

E em meio aquela multidão espiritual, estava eu, alheio a presença da queles seres sentindo-me cada vez mais só. Amaldiçoava minha vida, minha carne. Clamando por descanço e redenção, que pareciam jamais vir. Paz e felicidade, sentimento muito distantes de minha realidade infeliz.

Como manter esperança ? Como esperar ajuda diante de tantos crimes cometidos ? Casa amaldiçoada! Vida amaldiçoada!Não me sentia mais em condições de esperar. Não tinha mais forças para lutar. Algo deveria ser feito, já que não sobrara nem mesmo alguém que pudesse trazer-me o alívio da morte.  Mal sabia eu, que tais inimigos mesmo não estando na carne, persuadiam-me a decisão final.

Vi-me completamente infeliz e incapaz. Concluí que eu mesmo colocaria um fim naquela existência. Não aguardaria nem mais um dia, nem mais um minuto.

Era imperceptível o prazer irracional que sentia com o isolamento. Quanto mais as trevas me abraçavam, mais eu buscava por ela e mergulhava em um abismo infinito.

Carreguei a arma que mantinha guardada para eventualidades extremas. Um armamento velho, movido a pólvora, muito distante das tecnologias e modernidade de hoje. Porém igualmente mortífera.

Caminhei até o cômodo mais sombrio da casa, onde sem saber, meus algozes comemoravam, guiando-me ao que eu acreditava ser o fim de todo sofrimento.

Sentei em um canto escuro, onde a luz do dia não conseguia penetrar através das janelas sujas e empoeiradas.

A arma apontada para o céu da boca. Um segundo. Uma última lágrima. Sem ninguém para se lamentar, sem razões para uma carta de despedida.

Aperto o gatilho. Um estampido seco. Não foi como imaginei, não perdi a consciência em nenhum momento.

Derrepente aquele envólucro carnal se tornou muito pesado. A mão que segurava a arma caiu inerte. O céu da boca queimava. Podia sentir a hemorragia se espalhando por minha cabeça. O sangue envolvendo minhas roupas e o chão. Respiração fraca, o coração ainda batia oscilante. Não entendia porque, ou como poderia sentir tudo aquilo.

Não irei me delongar a descrever os horrores do vale dos suicidas pra onde logo fui conduzido, como tantos outros. Também não tenho uma história bonita de recuperação para contar. 

Fui resgatado sim, já que de outra forma não poderia estar aqui. Mas ainda estou em processo longo de recuperação em câmaras compatíveis com meu nível vibracional.

E assim, também venho lhes afirmar, o suicídio é de longe uma saída para os problemas da vida. Na realidade é o caminho mais rápido para o distanciamento da luz e da paz do Criador.

Não deseje a morte para sintam sua falta. Viva para que amem sua presença. Dê o seu melhor, vida da melhor maneira.

Muitas mudanças estão a caminho, estudem e se fortaleçam.

Sou homem, deixei a carne por volta de meus 40 anos, e até os dias de hoje, encontro-me dolorido e com as feridas que provoquei em minha vida e na vida alheia.

Fiquem em paz, pois eu vou seguindo meu caminho! "





Carta psicografada por Spiritualist
10/11/012


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