terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dos Suicidas III

0 comentários
Cap. 1. A morada dos Suicidas

O suicida, assim que comete o ato que põe fim a sua vida, sente-se mergulhar num precipício em queda livre, sendo sugado, violentamente, como se fosse uma folha seca a mercê da força descomunal de um redemoinho, e segue, sem qualquer controle, levado pela fúria daquela torrente para o interior de uma espécie de túnel, que vai estreitando-se mais e mais á medida que se o adentra, tomando o formato de um longo cone, até chegar a uma bifurcação, onde tem início duas trajetórias.
O suicida, chegando a aquela bifurcação existente no túnel, já sente estar totalmente sem forças, exaurido pela luta em vão contra aquela torrente que o envolveu e o arrastou túnel adentro.
Aquele seu voo descontrolado, numa jornada bizarra pela via do desespero, chega ao fim. O túnel de vento levara a um local tenebroso e frio. Vê-se, de repetente, naquele lugar estranho, de atmosfera densa e fria, onde no ar extremamente úmido misturam-se os mais estranhos e fétidos odores, que lhe dificultam a respiração. Uma bruma densa e insalubre o envolve e ele se vê cercado de criaturas, as mais sinistras e estranhas que já vira até então, como num verdadeiro filme de terror.
A primeira tentativa é a de acordar daquele pesadelo absurdo. Agita-se, contorce-se todo, geme e grita enlouquecido por seus entres queridos, implorando por socorro, pois o sofrimento é desesperador e insuportável (...).



"No vale dos suicidas - Hevaristo Humberto de Araújo"

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Saudação a Exu

0 comentários
É Mojúbá

É mojibá, seu Exú Rei é mojúbá (Bis)

Seu Tranca Rua na quimbanda é mojúbá
É mojúbá, seu Tranca Rua é mojúbá (bis)

Sete tronqueira, na magia é mojúbá
É mojúbá, Sete tronqueira é mojúbá (bis)

E a Pomba Gira, na defesa é mojúbá
É mojúbá, a Pomba Gira é mojúbá (bis)

Exu Veludo, no inferno é mojibá
É mojúbáExu Veludo é mojúbá (bis)

Seu Vira Mundo na virada é mojúbá
É mojúbá, seu Vira Mundo é mojúbá(bis)

Sete Porteiras, no retorno é mojúbá
É mojúbá, Sete Porteiras é mojúbá(bis)

Cangaruçu lá na macaia é mojúbá
É mojúbá, Cangaruçu é mojúbá(bis)

Seu Tiriri lá no retorno é mojúbá
É mojúbá, seu Tiriri é mojúbá(bis)

É mojúbá, seu Marabô é mojúbá(bis)

Exú Mangueira na virada é mojúbá
É mojúbá, Exu Mangueira é mojúbá(bis)

Sete Encruza na virada é mojúbá
É mojúbá, seu Sete Encruza é mojúbá (bis)


Pisa no toco de um galho só (Nagô)

Exu pisa no toco
Exu pisa no galho
O galho balança
Exu não cai, ô ganga

Ê Exu 
Exu pisa no toco
De um galho só    bis
Marimbondo pequenino
Tocou fogo no paiol, ô ganga

Ê Exu 
Exu pisa no toco
De um galho só  -   bis
Chuva grossa não me molha
Sereno quer me molhar, ô ganga

Ê Exu 
Exu  pisa no toco
De um galho só      bis

domingo, 22 de janeiro de 2012

Dos Suicidas II

0 comentários
Prólogo

“(...) São o livre arbítrio mal empregado e as atitudes impensadas que levam alguns a cometerem a covarde loucura do auto-extermínio, julgando ser esta a única forma de eliminarem a livrarem-se do tenebroso fantasma particular que eles próprios geraram, alimentaram e que passou a furtar sua razão de continuar vivendo.
Ledo engano. Após a prática deste ato insano e inconsequente é que o verdadeiro tormento tem inicio, pois com isso só se vai, na realidade, mudar desta dimensão da matéria para outra, intermediária á do Plano Espiritual. A vida e os problemas a ela alusivos, que constituem um drama tido como insuperável para alguns, não terminam no túmulo, a despeito do que muitos pensam. Ao contrario, transpõem-se para a vida do além-túmulo. (...)
O leitor verá  nessas páginas, que por um ato impensado, não existe pior e mais rápida forma de regredir-se espiritualmente. É a ignorância sobrepujando a inteligência e desmerecendo o sopro de vida que recebemos dos lábios do Criador.  Os adereços e atributos valiosos da sabedoria são totalmente ignorados e atirados, simplesmente, de forma torpe, á lama do desatino, da insensatez e na loucura.
Nessas condições não existe, absolutamente exceção alguma, todo aquele que comete o suicídio torna-se passível de uma prolongada existência em uma dimensão intermediária, existente entre o Plano Material e Espiritual, num local denominado Vale dos Suicidas, onde permanece estacionado, continuando a conviver com seu desatino pessoal, que o faz passar por um sofrimento atroz, que parece interminável, e conhecer bem de perto o mais absoluto ódio.
Naquele vale das sombras eternas vê-se obrigado a conviver com outros, que  também cometeram o mesmo delito, sem luz, sem sossego, à mercê da bruma insalubre e do terror constante, numa noite infindável em que tem por companheiros inseparáveis o frio, a fome, a sede e as dores, que o fazem contorcer em um desespero contínuo, pois está fadado a reviver, de forma repetitiva e constante, o mesmo  drama que culminou no ato suicida, a exemplo de uma agulha sobre um disco a repetir o mesmo refrão, sempre e sempre, sem parar.”


"No vale dos suicidas - Hevaristo Humberto de Araújo"

Dos Suicidas

0 comentários
Eu sempre tive um interesse particular em entender, estudar e ajudar casos que decorrem da degração mental do ser humano, que vai do suicídio a loucura.
Esta semana iniciarei uma série de postagens, com trechos dos livros "No Vale dos Suicidas" e "Memórias de um Suicida". Minha intenção é trazer ao conhecimento de todos as impressões dos espíritos em sofrimento em um dos vales mais sombrios das esferas que nos cercam. A razão disso, é que atualmente, muitas pessoas tem achado que neste "fim", encontraram a solução de seus problemas ou até mesmo a fuga deles. Essas histórias nos mostram que isso não acontece, visto que a vida continua, os problemas triplicam e o sofrimento é infinitamente maior. Quero trazer a consciência de quem buscar orientação, que o suicídio, não é e nunca será solução para nada. Ao contrário, é o caminho mais rápido para a regressão de tudo o que o espírito conseguiu com décadas ou até mesmo séculos de trabalho.

Axé a todos


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Um mundo melhor... Eu acredito e você ?

0 comentários
Dias antes do jogo entre Benfica e Sporting (1-0), a Coca-Cola decidiu  por à prova a honestidade dos adeptos. No estádio da Luz, perto das bilheteiras, foi deixada uma carteira no chão com um cartão de sócio do Sporting e um bilhete para o dérbi do passado sábado. O objectivo era perceber se as pessoas iriam devolver a carteira ou ficar com ela.
 95% das pessoas devolveram a carteira, atitude que foi filmada por várias câmaras ocultas. Para recompensar a honestidade daqueles que não se deixaram tentar, a Coca-Cola ofereceu um bilhete para o jogo.
 No sábado, antes do apito inicial, o vídeo foi exibido nos ecrãs gigantes do estádio da Luz, perante os aplausos de mais de 60 mil pessoas, numa altura em que os portugueses se preparam para enfrentar inúmeras  medidas de austeridade, a Coca-Cola quis divulgar uma mensagem diferente:

  "Há razões para acreditar num mundo melhor."

Eu acredito... E você ?

Segue abaixo, um vídeo dessa bela campanha feita pela Coca-Cola, confiram.

 

domingo, 8 de janeiro de 2012

Pontos de Rosa Caveira.

0 comentários


Olha me sacode o pó
Que chegou Rosa Caveira
Pomba Gira da Calunga vem levantando poeira
Suas mandingas são cercadas de mistérios
Sarava a Pombo Gira que vem lá do cemitério
Se diz que faz, é melhor não duvidar
Porque a Rosa Caveira promete para não faltar
Sacode o pó
Me chegou Rosa Caveira
Pomba Gira da Calunga vem levantando poeira
Levo uma rosa quando vou ao seu axé
Falo com Rosa Caveira porque nela tenho fé

Tudo que peço nunca me deixou faltar
Ela é muito formosa, InaIna é Mojubá.

 
Mataram o meu morcego preto…
Depois de morto bateu asas e voou!
Mataram o meu morcego preto…
Depois de morto bateu asas e voou!
Voou e foi parar no cemintério,
foi pousar numa catatumba…
Rosa Caveira quem mandou!
Voou e foi parar no cemintério,
foi pousar numa catatumba…
Rosa Caveira quem mandou!

Pontos de Baianos.

0 comentários


Bahia, oh, África
Vem cá nos ajudar.
Força Baiana, Força Africana,
Força Divina, vem cá, vem cá.

 Quem tem baiano pisa 
Eu quero ver pisar.
Oi, Salve a Baianada
Aqui nesse Congá.

Quando eu cheguei na Bahia
Estrada eu não via.
Em cada encruza que eu passava,
Uma vela eu acendia.

Na Bahia tem um coco,
Nesse coco tem dendê.
Olha diga como é que se come esse coco,
Esse coco que é bom de comer.

Ê Bahia
Bahia de nosso Senhor do Bonfim
Ê Bahia
Pede a Oxalá por mim
Baiana da saia rendada
Tabuleiro de acarajé
Baiana tá no terreiro
Mostrando samba no pé

Estrela D'alva, Estrela matutina
Ó Luz Divina, venha nos salvar.
Meu Jesus Cristo, venha nos salvar,
vou saudar Dona Maria na falange de Oxalá.

Subida de Baianos

Meu Senhor do Bonfim mandou a Bahia me chamar. } 2x
Adeus Congá de Orixá, até um dia, quando o Baiano voltar. } 2x

E o coqueiro do Norte está balançando
É a Bahia que está me chamando.
Coqueiro do Norte está balançando
É a Bahia que está me chamando.

Palavras de Exu - Por Marabô

0 comentários
" E que fiquem cientes, que a nossa Umbanda, Umbanda de Lei, jamais abandona seus filhos. Ela não faz diferença entre branco, negro, pobre, rico muito menos entre a sexualidade de vocês, que é uma coisa da carne, pois espíritos geralmente plasmam a imagem corpórea que tiveram em sua última vida, ou aquela que mais se afiniza, mas que fique do conhecimento de todos que o espírito em sí, não tem sexo. O pecado não está  nas manisfestações de afeto, mas na mente e nas atitudes das pessoas. A preocupação não é com quem você se deita, mas sua índule com relação a tal fato. Um outro momento, adentrarei melhor no assunto, mas por hora tenham em mente que a Umbanda jamais deverá fazer diferença entre seus filhos. Ame e repeite o próximo como a ti mesmo. Orar e vigiar é seu dever. Aquele que tem fé e pratica a caridade com o coração sempre terá bons frutos a colher. 

Axé a todos " 

Exu Marabô

Palavras de Pomba Gira - Por Maria Mulambo

0 comentários
" A quem for de direito. Que entenda bem os conselhos passados. Reflita, e guarde o que lhe couber. Como dizem por esta seara, a quem o chapéu servir, que o vista. É preciso que estejas de pé,  para que ajudes alguém que está caído a levantar-se. Se estiveres no chão, como pretende levantá-lo ?. "



Maria Mulambo

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Mensagem de Rosa Caveira

0 comentários

Hoje falo a vocês que tem necessidades de definir, rotular e catalogar a tudo e a todos. Como se isso lhes desse alguma garantia de credibilidade e lhes amputassem as dúvidas que insistem em roubar-lhes a vida.






Primeiro - Nós espíritos trabalhadores do bem, embora sejamos organizados naturalmente em padrões vibratórios que nos servem de moradas temporárias, não somos seres automatizados, criados em série, com códigos de barras.

Segundo - Não somos serviçais particulares nem de cavalos nossos, nem de consulente algum. Nem nossa hierarquia nos obriga a fazer algo que não queiramos. Temos personalidades individuais, afinidades. Estamos em evolução e com um longo caminho pela frente. Ajudando a vocês, ajudamos a nós mesmos. Mas, nem sempre é viável ou cabível a ajuda que nos pedem. Muitos de vocês não fazem nada, ou fazem muito pouco para melhorarem a si mesmos, aos seus relacionamento e ao seu próximo. Querem soluções mágicas, sem esforços ou danos, fazem escolhas absurdas, se metem em todo o tipo de confusões, procuram o caminho mais difícil, jogam-se em abismos, atraem obsessores, fazem tudo errado. E depois ficam bravos quando não transformamos suas vidas em um paraíso da noite para o dia. Francamente, não somos santos e paciência tem limite, até do lado de cá. Se digo isso é porque sei o que é viver duramente. Muitos  são os que nasceram comprometidos com duras provas a resgatar, são esses os que mais precisam de nós, e tem a nossa cobertura, dentro do que nos é permitido ajudar.

Terceiro - Ou vocês acreditam em nós, ou nos deixam em paz. Porque não temos nem interesse e nem tempo a perder com ingênuos que nos cobram, ou pior ainda, cobram de nossos cavalos, informações que nós não passamos para eles.  Nossos cavalos (médiuns) sabem apenas o que queremos ou permitimos. Até sobre suas próprias vidas, não temos autorização para lhes passar todas as informações que gostariam. Que lhes interessa saber quantas encarnações eu tive, ou como vivi em cada uma delas ? Criam as mais absurdas lendas a nosso respeito, isso até que nos diverte um pouco, quanta ingenuidade.

Entendam, definitivamente,  que nossa missão não é satisfazer curiosidades de quem quer que seja, não somos bobos da corte, para entretenimento de quem não tem nem fé e nem vida verdadeira. Aproveitem suas vidas de modo construtivo.

Sei que por muito tempo ainda, a maioria das pessoas irá acreditar que somos espíritos malignos, não tementes a Deus.

Ah, meus queridos, se vocês soubessem quantos mistérios, quantos mundos e quantas realidades pairam sobre suas cabeças…



Laroyê, Rosa Caveira. Salve!

D'Oyá