terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mensagem de um Preto Velho [4]

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Não sei quem inventou o ditado que tantos gostam de proclamar, “Eu nasci assim, morrerei assim”. Mas digo-vos meus filhos, que a coisa não funciona bem assim.
Imagine se estivesses fadado a ser e a cometer os mesmo sempre? Dia após dia, vida após vida. Então eu vos pergunto, onde então entra a lei do progresso que nosso senhor veio nos mostrar? Por qual motivo voltaríamos aqui sem razão de melhora nenhuma?

Tu nasceste assim meu filho, mas isso não quer dizer que tens que se manter de olhos fechados ou como um cavalo de cabresto, com sua visão incapacitada, olhando apenas para uma direção.

Vieste para esse mundo com o objetivo de crescer, moral e intelectualmente sempre ajudando seu próximo.

Então não meu filho, não tem que ‘morrer’ assim. Estás aqui, obteve essa oportunidade pra sanar os débitos, caminhar e não ter que voltar, nos mesmos em outra vida.

Como eu já bem disse, é a lei do progresso filho. Ela está a acontecer e a agir na vida de todos nós. Caminhe com ela, a mudança está unicamente em vossas mãos



Por um Preto Velho.
30/08/2011


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

As Sete Lágrimas de um Preto Velho

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Num cantinho de um terreiro, sentado num banguinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces, não sei por que as contei...  Foram sete.

Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei.


- Fala meu Preto Velho, diz ao teu filho por que externas assim uma visível dor?


E ele, suavemente respondeu:


- Estás vendo esta multidão que entra e saí? As lágrimas contadas estão distribuídas a cada uma dela.


- A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...


- A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.


- A terceira, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejando prejudicar aos seus semelhantes.


- A quarta, aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual, e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão.


- A quinta, aos que chegam suaves, com risos, o elogio na flor dos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: "Creio na Umbanda, nos teus caboclos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso ou me curarem disso ou daquilo."


- A sexta, eu dei aos fúteis que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.


- A sétima, filho, nota como foi grande e como deslizou pesada: Foi a última lágrima, aquela que vive nos "olhos" de todos os Orixás. Fiz a doação dessas aos médiuns vaidosos, que só aparecem no centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem, que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.


Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma...


As Sete Lágrimas de Preto Velho. 




D'Oyá

Não Desanime.

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Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.
Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.
Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja.
Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.
Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.
Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.
Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.
Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.
Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.
Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.


André Luiz. Psicografia de Chico Xavier.





D'Oyá

domingo, 21 de agosto de 2011

Cantores de Aruanda.

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Umbanda, menina dos olhos de Deus;
Umbanda, eu já sei que seu canto encanta o meu;
Umbanda, seu trabalho é de força, de fé e caridade;
Umbanda, que eu levo na alma, no peito de verdade.
Umbanda, o seu grande verbo é amar;
Sem distinção de raça, de cor e de crença;
Umbanda, entre tantos que só dizem... Você faz. !
Umbanda, seu trabalho é levar a PAZ.
Umbanda, já ouvi seu canto em outros cantos;
Umbanda, sua bandeira é ouvir o grito dos aflitos;
Umbanda é a voz tão sublime de Nosso Senhor;
e este canto é de todas as raças, Orixás, é do seu povo.
Umbanda é amor é caridade eu sei.
Nós somos filhos de Umbanda também.
Somos cantores de Aruanda...
Umbanda é graça;
Umbanda é raça;
Umbanda é AMOR !
Cantora e Compositora: Carol Nascimento


D'Oyá

Palavras de um Exu.

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Alguns irmãos, para não dizer TODOS, acham que chorar é sinônimo de covardia, fraqueza. Acreditam que uma pessoa que chora, é apenas alguém que não tem confiança em si próprio, em seus atos.

Mas, geralmente, as lágrimas que escorrem por sua face, é a forma que seu coração encontrou de ‘explodir’, jogar para fora tudo que lhe incomoda, impedindo-o de ‘pensar’ e agir corretamente.

Essas ‘águas salgadas’ que insistem em ‘escapar’ por seus olhos, não são apenas algumas lágrimas quaisquer. Essa foi a forma em que sua alma, no auge de seu desespero, ao  fundo de seu âmago, encontrou para suplicar por forças e paz.
Somente após desligar-se desse sentimento de angustia e tristeza, é que poderás encontrar a paz que tanto procuras e buscas ao fundo de teu ser.

Não importe-se quando olharem a ti, enquanto choras... Não sinta-se rebaixada por chorar sem motivo, pois na realidade há um motivo, mesmo que seja invisível ao teu ver nesse momento.

Deixe que teu EU interior ‘transborde as águas impuras’ de tua alma, permita-lhe renovar-se a cada momento em que sinta necessário. Mostre aos irmãos, que chorar é algo bom, que se não o fosse, o Criador não haveria ‘inventado’ esse ato tão importante.

Existem diversas formas de se ‘chorar’... Chora-se na alegria, na tristeza, na dor, no desespero, na angustia e, principalmente, na súplica.

Portanto, deixes que teus olhos esvaziem e limpem tua alma, dando a ela, mais espaço para os bons sentimentos e a clareza, para enxergues o belo caminho que tens a seguir e as decisões a tomar.

Quando sentires que algo não está bem, ou que choras ‘sem motivo’, permita essas lágrimas escorrerem, eleve seu pensamento ao Criador e desabafe, mesmo que em silêncio, tudo que atormenta-lhe o coração e a mente. Assim, sentirás o alivio dominando seu ser e  verás, com mais clareza e mente aliviada, que naquele momento, era o que mais precisavas fazer.

Conte sempre com aqueles que lhe aconselham, passando a ti confiança e dividindo contigo, tudo o que já passaram e/ou presenciaram. Conscientize-se de que não falamos nada que não nos seja permitido e que em momento algum, buscamos confundir-lhe a mente, apenas ajudar-lhe a compreender o momento em que vivencia e ensinar-lhe a caminhar ‘sem erros’.

Abraços fraternais desse humilde amigo, que carrega um carinho imenso por ti e tanto zela por seu bem.


Exu Marabô.






Psicografado por: D'Oyá
(21/08/11)





segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mensagem de Pai Guiné aos Papais

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“Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo, nego vai preguntá pra essa zinfiarada:

O que é ser um Pai? Qual é sua função? Qual é o seu direito? Qual é o seu dever?

Sunseis, já ouviram muitos dizerem, eu sou Pai de três Fio (Filho(a)s), outros Pai de um, outros intão Pai de uma infinidade desse mundo, mas num importa a quantidade o que importa é o quanto sunseis são Pai.

Num é difícil ser Pai, num é cumpricado ser Pai, num é triste ser Pai, e nem ao menos é uma tortura de tronco ou um fardo.

Esse Nego pode dizer que:

O Pai de verdade é aquele que cria,

Que dá amo (amor),

Que dá atenção,

Que dá educação,

Que dá o pão de cada dia,

É aquele que sabe fala pro seu Fio ou Fia o sim e tumém o não na hora certinha,

É aquele que incentiva, o seu Mureco ou sua Mureca, quando tá desanimado,

Que tá presente em TODOS os momentos,

É o que chora e ri junto,

É o grande amigo, parceiro, cúmplice e inté confidente,

É o braço direito, o esquerdo que ampara ocê quando cumeça a anda,

É o seu segundo passo, que em sombra te acumpanha, se acaso sunce tropeçá, ele estende a mão e te ajuda a levantá, e sorrindo ainda lhe diz: Upa Fio(a) num foi nada continua a caminhá,

É aquele que vai respeita o seu espaço e adora quando sunceis “invade” o dele,

Em alguns casos é aquele que ajuda e ensina a dar os primeiros passinhos, pedaladas e desviá dos obstáculos da vida,

É aquele que dá Bom dia, Boa Tarde, Boa Noite, Oi e Tchau. Quando sunce cresce um bucadinho e vai dá umas vortinha e logo em seguida sunce volta ele ainda diz: Oi Fio(a) que sardade de ocê,

É aquele que diz vai e volta com Deus,

É aquele que te carregou no colo, que te levou para o capa-branca (médico) nas madrugada,

Que sorriu e chorou ao mesmo tempo, quando sunce era pitititico e disse: Papai,

É aquele que te beija, te afaga, te elogia e te repreende quando faz as travessura,

Não é aquele que o detém ou que te retém, mas é aquele que o tem, no lugar quentinho, confortável e fromozo: No coração... E diz com orgulho: “Esse é meu Fio” ou “Essa é a minha Fia”.

O Pai de verdade Pai ama tudo as suas Zinfiarada, num importando se foi gerado no ventre de sua companheira, ou se foi concebido do coração.

Esse nego teve muitos Fios, alguns, Nego chegou a conhece, outros Nego nem viu nasce, pois foi arrancado do ventre, por ordem do Sinhô, pra Nega dá de mamá aos fios da Sinhá, dos que cresceram, Nego ensino a caminha.

Esse Nego num apanhava tanto da chibata e quando apanhava não duía tanto na carne, quanto a dor que ardia na alma, de vê seus Fio(a) sendo arrancado sem a chance de um dia aprende a caminha,

Nego as vez recebia a chibata no lombo a mando do Sinhô e quem me batia, por ordem do Sinhô, era o próprio Fio de Nego, mas Nego num culpa seu Fio não, e nem guarda raiva ou mágoa no coração, Nego só pede o Perdão pra Zambi, porque o Fio só tava cumprindo a ordem do Doutô. Esse Nego é Pai, e prefere ser açoitado pelo próprio Fio do que vê-lo no tronco com as lágrimas de dor.

Aos que ainda são Fio(a), esse Nego pede muita harmonia, perdão, paz, sabedoria e amor.

Aos que são Pai, esse Nego deixa o amor de nosso Grande Pai, Sr. Jesus Cristo, aquele que, um dia, fez entender o que é o Amor verdadeiro, o que é o respeito e o que é uma famía (família),

Que ensinou quando dividir, somar e principalmente multiplicar o que mais temo de valioso o amor.

Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo e as bênçãos de Oxalá possam cair em vossos cazuás.

Esse Nego deixa um afago fromozo nos coração de tudo oceis.

Esse Nego é Pai Guiné.”


Pelo Médium Danilo Lopes Guedes – 29/07/2011

Mell de Oyá




domingo, 14 de agosto de 2011

Consulta com Preto-Velho

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O atendimento da noite agora encerrava naquela terreiro de Umbanda.

Alguns dos pretos velhos que haviam trabalhado, desligavam-se de seus aparelhos, não sem antes equilibrá-los com energias edificantes e benfazejas.

Um dos médiuns, após, praticamente “despachar” seu protetor, apressou-se em ajoelhar-se aos pés da preta velha que ainda permanecia incorporada, para solicitar aconselhamento.
O bondoso espírito acolheu amorosamente suas lamentações como o fez com todos os outros que haviam passado por ela naquela noite.

Ouviu a tudo fumegando seu cachimbo, porém nada falou. Saravou aquele filho, agradecendo- o pela caridade que havia prestado e assim se despediu, largando seu aparelho.

O médium por sua vez, desajeitadamente se retirou sem conseguir entender o silêncio da Preta Velha. Um misto de rejeição e indignação passou a povoar seus sentimentos.

- “Então é assim! Eu fico fazendo caridade por horas a fio e quando solicito ajuda o que recebo?”
Enquanto a corrente mediúnica realizava as preces de encerramento da sessão, ele sentiu uma inexplicável sonolência que o obrigou a dirigir-se diretamente para casa, ignorando o programa prévio de sair com os amigos para mais uma noitada de lazer em bares da cidade.

Mal adormeceu, em corpo astral, através do desdobramento, percebeu estar ajoelhado sobre folhas verdes e cheirosas num ambiente simples, cujas paredes eram feitas de bambu, o teto de folhas de coqueiro e o chão de terra batida.

Algumas tochas iluminavam o local e havia uma cantiga no ar que ele bem conhecia. Sentindo a presença de alguém, virou-se e o viu sentado em seu tosco banco com aquele sorriso matreiro e cachimbo no canto da boca. Sua roupa, bem como seus cabelos brancos contrastavam com a pele negra. Os pés descalços e calejados. No pescoço um rosário cujas contas eram pura luz. Sim, era ele, Pai Benedito, seu protetor.
- Saravá zin fio!
- Saravá meu Pai!
- Pai Benedito chamou o filho até sua tenda para poder explicar tudo aquilo que você não conseguiu entender com a orientação da mana lá no terreiro da terra.
- Meu Pai, ela nada falou…
- E suncê se magoou, não foi?
- -É… não compreendi.. .
- Por isso Pai Benedito o trouxe até aqui e vai explicar. Os filhos da terra ainda não conseguem compreender a mensagem do silêncio devido as suas mentes aceleradas pelo imediatismo, pela
falta de concentração e pelo vício de “receitas prontas”. A mana que nada disse ao filho, agiu assim justamente para incentivar a sua busca das respostas. Queria que o filho, instigado pela falta do
aconselhamento a que vinha se acostumando, pudesse parar e pensar. Pensar em todos os conselhos que seu protetor, através de seu aparelho, havia passado para as pessoas que atendera lá no terreiro há momentos atrás.

O silêncio da preta velha, quis dizer ao filho que o primeiro e maior beneficiado da abençoada tarefa mediúnica é o próprio mediador. A sua característica de médium consciente permite que receba e transmita os nossos pensamentos e os bons fluídos dos quais se torna canal. Para que o intercâmbio “médium-espírito” aconteça, pela bondade divina , o corpo astral do mediador é previamente preparado antes de reencarnar através da “sensibilização fluido- mediúnico” de seus centros de forças para que assim se dê a afinização com seus protetores.

Durante toda a vida encarnada, é ainda alertado e amparado para que possa exercer o mandato dentro do programado. No entanto, existe um carma envolvendo tudo isso e o fato dos filhos prestarem a caridade não os isenta dos entrechoques a que estão sujeitos na matéria, que nada mais são do que ensinamentos necessários do certo e do errado.

Respeitando as escolhas feitas, esses protetores tantas vezes, mesmo e apesar de todo esforço, perdem seus pupilos para os descaminhos da vida, e então resta-lhes aguardar que o relógio do tempo os traga de volta pela mão da dor.

Pai Benedito não se entristece se o filho por vezes o dispensa ou não entende suas mensagens. Nem mesmo quando o filho desfaz as energias recebidas após o trabalho de caridade através da busca de prazeres ilusórios e momentâneos. Apenas ajoelha diante do congá, que no plano astral fica sempre iluminado pelas velas da caridade prestada nas poucas horas em que a corrente de médiuns se reúne na terra, e implora ao Pai Oxalá a sua compreensão para todos os espíritos que ainda teimam em permanecer colados às suas mazelas no plano terreno.

Por isso filho, estando aqui em frente a este espírito que tanto o ama e cuja ligação perde-se no tempo, peço que desabafe suas dores, que tire as dúvidas que angustiam seu coração.

Agora o silêncio era todo seu.
Apenas as grossas lágrimas que desciam de sua face falavam de sua pouca fé, de seu descrédito até então, pela própria mediunidade. De seus momentos de incertezas quanto a estar servindo realmente de canal para Pai Benedito, de seus medos em relação ao animismo e da confusão que fazia dele com a mistificação. Mas principalmente de sua vontade de largar tudo pelos prazeres do mundo, afinal era muito jovem ainda para levar uma vida regrada em função da mediunidade.

- Pai Benedito compreende a angústia do filho, mas pede que revise os tantos avisos que recebeu em seus sonhos, nas palestras instrutivas que ouviu lá no terreiro, nos livros que chegaram até suas mãos e nas tantas vezes que a Preta Velha o instruiu, o aconselhou. Onde estão estas informações? Para quem eram dirigidas nossas palavras nos atendimentos, senão para você que as ouvia antes de repassá-las?

Nada é proibido aos filhos no estágio da matéria, mas em tudo deverá existir o equilíbrio.
O silêncio da Preta Velha havia sido traduzido e agora ele conseguia compreender que fora o melhor, dos tantos conselhos que ouvira dela. Fechando seus olhos, a ela agradeceu mentalmente e quando os abriu, além do cheiro de incenso e da claridade que se instalara naquele ambiente, percebeu que tudo modificara.

A humilde tenda agora era um templo iluminado por vitrais coloridos que formavam filetes de luz que se entrecruzavam num quadro de beleza estonteante. No chão, ao centro, em esplendoroso piso vitrificado havia o desenho de uma mandala, que de seu centro irradiava luz dourada.

Já não estava mais diante daquele Pai Velho em humildes trajes, pois ele havia se transfigurado num ser de características orientais, de olhar penetrante.

Nada pode pronunciar, sua voz embargou. Havia que se fazer o silêncio para que só ele traduzisse a mensagem agora recebida. Naquela manhã acordou muito cedo, tendo plena lembrança de seu “sonho”. No ar, ainda o cheiro do incenso. Não fosse a exigência da vida física, ficaria o dia todo calado, saudando o silêncio da Preta Velha.

“Que nos ouça, quem tem ouvidos de ouvir”.

Saravá aos filhos da Terra!
Vovó Maria Rosa da Bahia

Mensagem de um Preto Velho [3]

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Embora alguns pensem ao contrário, não trabalhamos no intuito de prejudicar ninguém. Quando vamos para o trabalho, há toda uma preparação mental e espiritual em cada aparelho mediúnico, que lá se dispõe ao trabalho da caridade. É bem verdade que vos digo que a Umbanda tem fundamento.
Preparem-se, mudanças e tempos difíceis viram. Mas também a calmaria, pois não existe mal que dure para sempre, e nosso senhor não permitiria que mal nenhum se estabelece-se por aqui.
Tenham fé, acreditem no homem, não tenha vergonha de chorar. Tire esse sentimento ruim do peito e caminhe.
O progresso não é uma escolha meus filhos, caminhe com ele para que não sejas atropelado. E se em algum momento a força faltar, se agarre em Deus e a todos que te amam.
Estamos sempre aqui para auxiliar-vos. Ninguém está a mercê do mal e de obcessores por completo. Da mesma maneira que irmãos menos evoluídos se prostam ao lado de nossos irmãos encarnados, nós também estamos ali, persuadindo-vos ao caminho da luz. Cabe a você meu filho qual caminho, e quais conselhos vai seguir. Os sinais não são difíceis de se ver.


Pai Miguel de Angola.
14/08/2011

 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Desmistificando a pomba Gira

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Há muitas pessoas que as associam com prostitutas, ou simplesmente, mulheres que gostam de se expor aos homens e sedentas por sexo. Essas nossas irmãs em Deus nada mais são que espíritos desencarnados, que como os Exus, viveram na Terra e hoje, por afinidade fluídica, militam como mais uma corrente de trabalho portentosa dentro da Umbanda.

É claro que em alguns casos podem ocorrer que uma delas em alguma encarnação tivesse passado pela experiência dolorosa de ser uma prostituta, mas, isso não significa que as Guardiãs Pombas Gira tenham sido todas prostitutas e que assim agem. As que foram, hoje estão integradas na Umbanda, a fim de realizarem a grande reforma íntima através da caridade e do mediunismo redentor.

Não se torna uma Guardiã Pomba Gira pelo simples fato de se ter errado perante as Leis Divinas. Afinal, quem nunca errou na vida? Ser uma Guardiã Pomba Gira exige preparo, conhecimento, magia, discernimento e muito amor. É mais uma corrente de trabalho espiritual na Umbanda, onde espíritos seletos atuam na faixa vibratória que mais se afinizam.

As Guardiãs Pombas Gira não são a representação da sexualidade e nem da sensualidade, mas sim freiam os desvios sexuais dos seres humanos e direcionam essas energias para a construção da espiritualização, evitando a destruição espiritual e material de cada ser. (...)

Gostaríamos de salientar que as Guardiãs Pombas Gira não são Exus fêmeas como dizem muitas das literaturas encontradas, mas sim, é mais uma das hierarquias de Deus;

Tudo que se refere ao estudo sobre os Guardiões Exus vale também para as Guardiãs Pombas Gira, ou seja, elas se manifestam na Umbanda através de espíritos incorporados as suas hierarquias. (...)

As Guardiãs Pombas Gira de Trabalho são tão maravilhosas quanto os Guardiões Exus. Elas realizam curas até mesmo de enfermidades dadas como incuráveis, desmancham trabalhos de magia negra, resolvem problemas, nos dão conselhos preciosos de como bem dirigir nossas vidas, enfim, fazem tudo pelas pessoas bem intencionadas que as procuram para a prática da caridade. È uma pena que ainda existam pessoas que as procuram somente para desmanchar relacionamentos amorosos ou conquistar alguém.

Como nossos irmãos Guias Espirituais, os Guardiões Exus, e as Guardiãs Pombas Gira, quando terminarem o círculo de trabalhos espirituais e permanência nas correntes de trabalho na Umbanda irão para uma faixa de espiritualidade superior, e serão conduzidas pelas Leis do Eterno Amor para o seu verdadeiro destino, a sua perfectibilidade e a verdadeira e eterna felicidade nas moradas do Senhor. Por isso, considerando que as Guardiãs Pombas Gira são criaturas como nós, filhos de Deus, considerando que bem orientadas por Orixás, e Guardiãs Pombas Giras de Lei trabalhem somente para o bem, devemos tratá-las com todo carinho e respeito. (...).

Trecho extraído do livro: Exus e Pomba Gira na Umbanda – Simbolismo e Função – Autoria do Pai Juruá

Fonte: Espiritualizando ...  

Conjuração a Pomba-Gira Rosa Caveira

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Rosa Caveira, famosa Pomba-Gira, que trabalha sob as ordens de Omulú, sofro males que só sua força vibratória poderá solucionar. Na sua fé, na fé do grande Orixá dos Cemitérios, que comanda a sua falange, acredito que meus males serão sanados.

Prece a Ogum

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Orixá, protetor, Deus das lutas por um ideal.  Abençoai-me, dai-me forças, fé e esperança.  Senhor Ogum, Deus das guerras e das demandas, livrai-me dos empecilhos e dos meus inimigos.  Abençoai-me neste instante e sempre para que as forças do mal não me atinjam.  Ogum Iê, Cavaleiro Andante dos caminhos que percorremos.  
Patacori... Ogum Yê... Ogum, meu Pai, vencedor de demandas... Ogum, Saravá, Ogum...

E que assim seja!

Credo Umbandista.

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"Creio em Deus, Onipotente e Supremo; Creio nos Orixás e nos Espíritos Divinos que nos trouxeram para a Vida por Vontade de Deus. Creio nas Falanges Espirituais, orientando os homens na vida terrena; Creio na reencarnação das almas e na Justiça divina, segundo a Lei do Retorno; Creio na comunicação dos Guias Espirituais, encaminhando-nos para a Caridade e a prática do Bem; Creio na invocação, na Prece e na Oferenda, como atos de fé e creio na  Umbanda, como religião redentora, capaz de nos levar pelo caminho da evolução até o nosso Pai Oxalá.” 

Pai Nosso da Umbanda.

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Pai nosso que estais nos céus, nas matas, nos mares e em todos os mundos habitados. Santificado seja o teu nome, pelos teus filhos, pela natureza, pelas águas, pela luz e pelo ar que respiramos.
Que o teu reino, reino do bem, do amor e da fraternidade, nos una à todos e a tudo que criastes, em torno da sagrada Cruz, aos pés do divino salvador e redentor. Que a tua vontade nos conduza sempre para o culto do amor e da caridade.
Dai-nos hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos e úteis aos nossos semelhantes. Dai-nos hoje o pão do corpo, o fruto das matas e a água das fontes para o nosso sustento material e espiritual.
Perdoa, se merecermos, as nossas faltas e dá o sublime sentimento do perdão para os que nos ofendam.
Não nos deixeis sucumbir, ante a luta, dissabores, ingratidões, tentações dos maus espíritos e ilusões pecaminosas da matéria.
Enviai-nos, pai, um raio de tua divina complacência, luz e misericórdia para os teus filhos pecadores que aqui habitam, pelo bem da humanidade, nossa irmã.

Assim Seja !

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Eu Pedi a Deus.

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Eu pedi a Deus, para retirar meus vícios.
Deus disse: Não.
Eles não são para eu tirar, mas para você desistir deles.

Eu pedi a Ogum, para fazer meu filho aleijado se tornar completo
Deus disse: Não.
Seu espírito é completo, seu corpo é apenas temporário.

Eu pedi a Ogum, para me dar paciência.
Deus disse: Não.

Paciência é um subproduto das tribulações; Ela não é dada, é aprendida.

Eu pedi a Ogum para me dar felicidade.
Deus disse: Não.
Eu dou bênçãos, felicidade depende de você.

Eu pedi a Ogum, para me livrar da dor.
Deus disse: Não.
Sofrer te leva para longe do mundo e te traz para perto de mim.

Eu pedi a Ogum para fazer meu espírito crescer.
Deus disse: Não.Deus disse: Não.
Você deve crescer em si próprio ! Mas eu te podarei para que dês frutos.

Eu pedi a Ogum todas as coisas que me fariam apreciar a vida.
Ogum disse: Não.
Eu te darei a vida, para que você aprecie todas as coisas.

Eu pedi a Deus para me ajudar a AMAR os outros, como Ele me ama.
Deus disse: Finalmente você entendeu a idéia ! Ama teu próximo, como a ti mesmo !

 (Autoria Desconhecida)



Mell de Oyá